
Assinada pelo presidente Jair Bolsonaro na quinta-feira (26), a MP está nas mãos do Supremo Tribunal Federal (reunião entre a AGU e o ministro Alexandre de Moraes), que deve encaminhar o texto aprovado para o Congresso em alguns dias, conforme adiantou o colunista Lauro Jardim. O setor de bares e restaurantes é um dos mais atingidos pela quarentena recomendada por órgãos internacionais de saúde para combater a transmissão do coronavírus e contágio por Covid-19.
"Nosso empenho é focar no essencial: primeiro na garantia de que teremos como manter os empregos. Estamos esperançosos", afirma Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel.
Enquanto isto, mais de 300 chefs de todo o Brasil resolveram arregaçar as mangas e reunir forças para pressionar o governo e ainda propor outras medidas de socorro. Entre elas a isenção de impostos e crédito em bancos, sobretudo para empresas negativadas.
"A realidade dos bares e restaurantes é diferente porque nosso material de trabalho é perecível", diz a chef Janaina Rueda (Casa do Porco, Dona Onça e outros). "Daqui a dois ou três meses, não só os pequenos e médios, mas também os grandes estarão no vermelho", prevê.
Janaina é uma das idealizadoras do grupo "Gestão de crise e ideias", no WhatsApp, que reúne chefs como Alex Atala, Rafa Costa e Silva, Kátia Barbosa, Roberta Sudbrack, Mara salles, Dani Dahui, Bel Coelho, Claude e Thomas Troisgros.
Há uma semana, alguns destes nomes postaram em suas redes sociais uma imagem com as seguintes palavras: "SOS Não deixe os trabalhadores do Brasil se afogarem", seguida da hashtag #naodeixefecharaconta, presente em mais de mil publicações.
Ela conta que, no grupo criado no WhatsApp, os integrantes apresentam problemas e os outros ajudam com ideias. Desde como higienizar embalagens para serviços de entrega (delivery) até campanhas de doações de comida para comunidades e famílias em situação de rua e vulnerabilidade social.
"A primeira missão é conseguir garantir uma salário de ao menos R$ 1,2 mil para cada funcionário, são mais ou menos seis milhões de empregados", informa Janaina que, com o marido Jeferson Rueda, mantém quatro estabelecimentos em são Paulo e emprega 242 pessoas.
Para medir esse colapso e manter a população informada, a Abrasel lançou a página: contadordedesemprego.com.br
(Bruno Calixto)