Criado em Vila Isabel, Aldir Blanc adorava bater ponto no Restaurante Salete, na vizinha Tijuca, um verdadeiro patrimônio carioca, famoso pelas empadas de massa caseira (levinha e saborosa). Era um habitué daquele balcão e sempre pedia chope com empadinha de camarão. É o que lembra Silvia Sanmartin, uma das proprietárias da casa.
"Aldir Blanc era muito amigo do meu pai, Manolo, e quase que diariamente estava lá no bar. Ele sentava só para comer, mas a maior parte do tempo ficava lá fora bebendo chope ou em pé no balcão conversando. Sempre tomava chope e pedia empadinha de camarão. Mas também gostava do filé. Numa matéria de capa da "Ilustríssima", do dia 31 de março de 2013, ele falou da sua vida e obra e citou o Salete", contou Silvia, que guarda na parede do estabelecimento um desenho com o ilustríssimo frequentador, assinado por Filipe Jardim (@filipejardim_ilustration).
Autor de vasta obra musical e literária, que vai de "O Bêbado e a Equilibrista" a "Linha de passe", o gigante Aldir Blanc morreu nesta segunda-feira (4), em decorrência de complicações causadas por Covid-19.