Danni Camilo iniciou uma campanha para reunir cozinheiros e entidades gastronômicas numa mobilização para apoiar a família do Moïse Mugenyi Kabagambe na administração do quiosque Tropicália, na Barra, onde ele foi brutalmente assassinado no dia 24 de janeiro.
No sábado, o prefeito Eduardo Paes anunciou em uma rede social que a família do congolês poderá ser a permissionária do quiosque.
Um dos primeiros a se manifestar foi o chef David Hertz, da Gastromotiva, por meio do projeto “Empreenda, faça e venda”, que oferece mentores para planejamento de negócios.
“Infelizmente, através de uma tragédia, as coisas mudam”, ressalta Hertz. "Desde o assassinato do Moïse fiquei pensando qual poderia ser o meu papel e o da @gastromotiva nesse episódio bárbaro que tanto me tocou. Estava escrevendo sobre o futuro das Cozinhas Solidárias para a consultoria que contratamos e me veio um insight", escreveu.
Danni explica que esta história surgiu do desejo de ajudar: “entendi que esta família vai poder mudar de vida a partir de um lugar onde se perdeu um ente querido, muito duro isso. Como mãe e mulher preta, quero oferecer o que sei fazer”, conta a consultora de hospitalidade, alimentos e bebidas, que entrou em contato com dois familiares na manhã desta segunda-feira (7). "Capacitação, formação e oportunidades é tudo que o povo preto precisa. Também queremos abrir o leque de opções para os imigrantes que não são absorvidos no Rio".
O SindRio também se colocou à disposição, assim como Sebrae, Senac e uma leva de cozinheiros. Segundo noticiou Ancelmo Gois, a prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Fazenda, vai transformar em um memorial em homenagem à cultura congolesa e africana os quiosques Biruta e Tropicália.