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Channel: Luciana Fróes - O Globo
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Champanheria do Rio lança carta só de pequenos produtores do Brasil

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Carta traz rótulos de pequenos produtores de espumantes

Estima-se que mais de 20 milhões de litros de espumantes brasileiros tenham sido consumidos ao longo deste ano no pais. Em 2018, os espumantes nacionais movimentaram coisa de 4,75 bilhões de euros (R$ 19 bilhões), o que é animador. O recorde tinha sido em 2007, quando as vendas atingiram 4,56 bilhões de euros.

Nunca os espumantes nacionais foram tão premiados, prestigiados e estiveram tão bons. Daí, nada mais justo e merecido do que uma carta só de exemplares nacionais. Mais: feitos por produtores menores, rótulos mais bissextos no cenário carioca. Assino a carta dos Pequenos Notáveis, que está em cartaz na Bla Blá Champanheria, a maior rede de espumantes do país.

Traz exemplares como o Lírica Crua Nature, da Vinícola Hermann, produzido pelo enólogo português Anselmo Mendes, o "Senhor Alvarinho", que engarrafou um dos grandes espumantes brasileiros.

O Villa Cristina Rosé Brut é outro grato exemplo, do enólogo Luciano Vian, da Don Giovanni. São apenas seis mil garrafas. O Villa Cristina é um projeto individual do executivo do ramo de seguros Ricardo Saad, apaixonado por vinhos, que ao se aposentar resolveu se dedicar à produção de espumantes.

Outro rótulo de valor é o Amitié, a mais nova sensação da Serra Gaúcha, que já chegou com uma linha de cinco espumantes, lançados ano passado por ocasião da Wine South America, pelas amigas Andreia Gentilini Milan, sommelier, e Juciane Casagrande, enóloga. Já faturaram várias medalhas.

Bla Blá Champanheria, a maior rede de espumantes do país

Gosto muito ainda do Azzul Cattacini, da Piagentini, feito em Caminhos de Pedra (Bento Gonçalves), corte de vinhos de uvas Peverella (100%) das safras de 2013 e de 2014, com estágio em carvalho francês, e do ano de 2015, sem estágio em madeira. E do Viapina Brut Rose, Altos Montes, Flores da Cunha, Rio Grande do Sul: um corte de merlot, viognier e riesling Itálico.

Esse ano, a Dal Pizzol, de Antonio e Rinaldo Dal Pizzol, está completando 45 anos. Não podia ficar de fora, claro. Assinado pelo enólogo Dirceu Scotta, o Dal Pizzol Traditionelle Brut reforça a carta.

Fechando a rodada, um moscatel que, para os que desconhecem, é um dos exemplares brasileiros de maior sucesso. Elegi o moscatel produzido no Vale do São Francisco, que visitei e me encantei esse ano, o Terranova Moscatel feito em Petrolina (PE).

Além dos rótulos acima, a carta inclui dois espumantes exclusivos da casa, o Bla Blá Brut e o Bla Blá Rosé, ambos produzidos pela Casa Perini.

Só a título de curiosidade: o Brasil é o 13º maior produtor de vinhos do mundo e o quinto do Hemisfério Sul, sendo 90% da produção concentrados no Rio Grande do Sul. Esta conquista tem ajudado a ampliar a presença dos rótulos no Reino Unido, que é o segundo principal importador do vinho brasileiro com um consumo per capita de 23,8 litros/ano.


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